sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

O MINISTERIO DA INTERCESSÃO: O DEUS TRIU-NO.



Definição:
Interceder: verbo, transitivo, indicativo. Pedir, Rogar; Intervir a favor de alguém ou de alguma coisa. (do latim, Intercedere). (Dicionario Brasileiro Globo).
Definição teológica:
A oração intercessoria consiste em uma suplica a Deus de modo contrito, com fé, perseverança, altruísmo e empatia em favor de outra pessoa que necessita extremamente de operação de Deus em sua vida.
Personagens centrais no ministério da intercessão.
O Deus tri-uno esta envolvido profundamente no ministério da intercessão. O cristão ora a Deus Pai, em nome do Deus Filho, através do Deus Espírito Santo. Na oração intercessoria o cristão intercessor, intercede por aquele que precisa urgentemente da intervenção de Deus Pai. Portanto as personagens centrais no ministério da intercessão são: Pai, Filho, Espírito Santo, o cristão intercessor e o necessitado, seja ele cristão ou não. A pratica do ministério da intercessão é caracterizado pela intercessão tripla: Cristo, o Espírito Santo e o Cristão.
 Cristo intercede pelo cristão no Céu.
 O Espírito Santo intercede no cristão na terra.
 O cristão intercede pelo próximo.
O ministério da intercessão na bíblia.
1 – Antigo Testamento.
No antigo testamento, a oração intercessoria é uma característica marcante do ministério dos profetas, sacerdotes e reis. A historia da salvação no antigo testamento gira em torno destes três ofícios. Em relação ao ministério da intercessão o oficio de sumo sacerdote merece destaque por ter como sua principal ordenança a intercessão a Deus pelo povo. O sumo sacerdote representava o povo diante de Deus, e ministrava como mediador entre o povo e Deus. A oração intercessoria é representada nos rituais do culto hebreu pelo incenso santo (Ex 30. 34-38). O sumo sacerdote deveria manter a queima do incenso no tabernaculo – particularmente no lugar santo, local onde Deus estabeleceu para ficar o altar do incenso (Ex 30. 6) – ininterruptamente (Ex 30. 7, 8).
2 – Novo Testamento.
Tudo que é feito, e dito, no antigo testamento apontou para Cristo e o representou como antítipo e tipo. Cristo reúne em si os três ofícios que caracterizaram o antigo testamento: profeta, sacerdote e rei. No novo testamento Cristo é o sumo sacerdote eterno (Hb 7. 17, 25). O apostolo João identifica Cristo como o nosso advogado (1Jo 2. 1. Gr. Parakletos). E o apostolo Paulo identifica Cristo como nosso intercessor diante de Deus no Céu, bem como nosso único mediador (Rm 8. 34; 1Tm 2. 5). Enquanto Cristo é o nosso sumo sacerdote eterno, advogado, intercessor e mediador na gloria celestial, o Espírito Santo é nosso advogado (Jo 14. 16; 16. 7. Gr. Parakletos), e intercessor em nós aqui na terra (Rm 8. 26, 27. Gr. entugchano). Em Romanos 8. 26 e 27 Paulo ensina sobre a relação do Espírito Santo com nossas orações. Sem a atuação do Espírito Santo é impossível existir oração cristã autentica. O Espírito ajuda em nossas fraquezas quando oramos. Precisamos-nos da ajuda do Espírito Santo, pois segundo o apostolo Paulo não sabemos orar como convém, de acordo com a vontade de Deus. Nossa ignorância de nossos anseios espirituais e da vontade de Deus para nossas vidas nos impedem de orar como convém. Karl Barth, explica:
“a mais heroica, a mais eloquente, a mais grandiosa suplica é, na verdade, ate mesmo as preces dos profetas, do apostolo (Paulo), e dos reformadores mostram quão pouco o próprio homem de oração consegue sair do ambiente restrito de seus interesses, sua experiência e seus pensamentos, quão difícil lhe é transcender a si mesmo” (A carta os Romanos, pag, 486. 1967).
Mas o Espírito Santo que conhece a mente de Deus, pois é Deus, e conhece todas as nossas necessidades espirituais, e também materiais e físicas pode, por tudo isto, interceder por nós de nodo eficaz. A intercessão do Espírito em nós ocorre com gemidos inexprimíveis (V. 26). Esta expressão pode ser paralela a falar a Deus no Espírito com “línguas”, conforme 1 Coríntios 14. 2, 15, mas a ideia central aqui é que são anelos e aspirações que nascem das profundezas espirituais, e que são impossíveis de ser colocadas em palavras compreensíveis. James Montgomery define da seguinte forma:
“a oração é desejo da alma, quer expressa, quer não: movimento da chamas ocultas, que no peito estremecem. A oração fardo é de um suspiro, cair de uma lagrima, o relance do olhar para o alto quando só Deus esta perto” (Citado por, F. F. Bruce, em Romanos Introdução e comentário, Pag, 124. 1963).

A igreja; intercessora real
O apostolo Pedro descreve a igreja como o sacerdócio real (1Pe 2. 9), e o apostolo João ensina que Cristo nos fez reis e sacerdotes para Deus (Ap 1. 6). Esta grande qualificação da igreja como reino sacerdotal confere a ela grandes privilégios, como entrar na presença de Deus em oração por meio de Cristo pelo Espírito e gozar de todas as bênçãos celestiais em Cristo, mas também traz grandes responsabilidades, tais como; ter de levar uma vida santa, oferecer sacrifícios espirituais e acima de tudo interceder uns pelos outros (Ap 8. 3-5).
“SOLI DEO GLORIA”
Pb. Juliano da silva

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