quarta-feira, 11 de março de 2020

FORMAÇÃO DO PROFESSOR DA EBD E A INTERAÇÃO DO PROFESSOR - ALUNO NA SALA DE ADULTOS



À vista da exorbitante quantidade de crentes que existe em uma congregação , a porcentagem dos que frequentam a EBD (Escola Bíblica Dominical) é sempre relativamente muito baixa, o que, na maioria dos casos, deve-se ao fato de não haver interação professor-aluno. Indubitavelmente, para o professor da EBD obter resultados satisfatórios é necessário ele estreitar os laços com os seus aprendizes, porque isso é fundamental para o progresso do conhecimento e da frequência destes.
O conceito básico e sucinto da interação de professor-aluno se dá pelo afeto, amor e comunicação do docente para seus alunos e pelo dinamismo em proporcionar uma aula de qualidade. O educador, na verdade, quer o respeito da sua sala e a valorização de o quanto ele se esmerou para a preparação da aula, para desenvolver o conhecimento com respeito à Palavra de Deus. No entanto, o professor precisa lembrar que, além da relevância do respeito para com sua pessoa e trabalho, o aluno, do mesmo modo, espera do seu educador consideração, amor, atenção etc.
O termo ensinar, que no latim é insgnare, significa “instruir sobre”, “indicar”, “assinalar”, “mostrar algo alguém”, “marcar”. Ser professor da EBD (ou de qualquer outra área) não se prende apenas ao campo de preparar e expor aula com precisão ao alcance do entendimento do estudante, mas também o educador cristão precisa marcar seus educandos no ponto de vista da valorização destes, além de dinamizar didaticamente certas operações para chegar ao objetivo desejado, que é os estudantes compreenderem o assunto da aula.
O professor deve juntar o útil ao agradável. Em outras palavras, com a capacidade de expor um ensino com conteúdo riquíssimo e expressar interesse pela pessoa do seu aluno, o educador da EBD alcançará grande sucesso do ponto de vista do crescimento intelectual, da moral e da presença dos discentes na sala, sem contar o quanto esse professor não será mais esquecido por essa sala de aula.
Outro fator relevante é o professor ser um grande observador com relação ao que os alunos estão achando de sua aula. Pois, se eles não estão entendendo o assunto lecionado, logo não haverá produtividade e crescimento intelectual com relação à compreensão e o entendimento das preleções, e se não houver aprendizagem, então não terá desenvolvimento espiritual. E por conta disso o mestre urgentemente precisa ser dinâmico dentro da perspectiva de outra metodologia  para prender seus alunos ao ensino da Palavra de Deus.
Em última análise, no contexto cristão, a metodologia não é tudo, apesar de ser necessária; o mestre dependerá muito de uma vida devocional na oração para que os alunos não venham apenas absorver conhecimento teológico e bíblico, mas acima de tudo o Espírito Santo atue fortemente na santificação de suas vidas. Como já dizia Karl Bart (1886-1968): “se não houver grande agonia em nosso coração, não haverá grandes palavras em nossos lábios” (Bart apud, LOPES, 2008, p. 74). Por outro lado, o reformador Lutero (1483-1546) disse: “aquele que orou bem, estudou bem” (idem). Se o professor esperar que a sua sala de aula cresça apenas com seus métodos e capacidade intelectual é uma forma muito presunçosa de se pensar. A EBD não pode se pautar apenas em seminários preparatórios, em uma boa organização e na metodologia do professor, agora se tudo isso estiver pautado na oração, passará a ser o método de Deus.     

1.1 Interagindo através simplicidade

Yawn (2015), ao entrevistar R. C. Sproul para elaboração do seu livro, Pregos Bem Fixados, registra as seguintes palavras: “ser difícil de entender é fácil. Ser fácil de entender é difícil [...]” (YAWN, 2015, p. 94). Para ser fácil de entender se torna difícil, porquanto, há mais exigências e dedicação exaustiva para o professor se aprimorar. Se ele conseguir apreender o conteúdo da aula verdadeiramente (não superficialmente), poderá ser capaz de colocar o assunto da lição na mente do seu aluno. O professor deve ser laico, ou seja, em toda sala da EBD há alunos de todos os níveis de intelectualidade e de cultura familiar. Porém, o educador tem que procurar uma forma metodológica para fazer com que todas elas entendam o conteúdo da lição. 
Realmente, se o professor não domina a lição, certamente será superficial ao expor o assunto desta. Agora, por outro lado, se o educador tem o verdadeiro domínio da aula, que é algo muito difícil de se alcançar, ele terá a facilidade de manuseá-la e transmiti-la com simplicidade. Por conseguinte, será acessível e de fácil compreensão para os alunos, uma vez que transmitir ensino da maneira simples é uma forma de convencer as pessoas a viverem aquela Filosofia. 
O mesmo Sproul chegou a dizer que se alguém diz conhecer e na verdade não tem a capacidade de fazer uma criança de seis anos entender determinado assunto, então essa pessoa não tem realmente o domínio do assunto. Ele será apenas um transmissor de informação. Contudo, o problema nunca estará somente na sala, mas em quem está transmitindo a aula. “Quando não sabemos explicar claramente, é porque não entendemos. Quando entendemos, então os outros também entenderão” (2015, p. 95).

1.2 Interagindo através do diálogo

No contexto particular, é sempre bom o professor interagir com seus educandos. Isto é, procurar saber onde cada um deles mora para facilitar a percepção de como está o estado de cada um deles.
Se determinado aluno que tinha uma boa frequência começar a apresentar grande ausência, o professor precisa se interessar em visitá-lo para obter conhecimento do porquê desse afastamento das aulas. E o diálogo é muito importante nesse momento para descobrir do educando qual o estado da sua vida (seja ele psicológico, moral e espiritual) para, em seguida, o mestre tomar alguma providência e reanimá-lo para voltar a frequentar as aulas. Se na verdade este discente estiver vivendo uma grande crise existencial e espiritual, com o interesse e o diálogo do professor, este aprendiz se sentirá uma pessoa importante para a congregação e, em especial, para sua classe.
O momento de dialogar não cabe só quando o aluno estiver ausente das aulas. Contudo, para o professor evitar a decadência de sua turma precisa sempre estar à procura desta para o diálogo. Pois a conversa constante será um tipo de vacina para imunizar os estudantes diante da ausência da EBD.
Se há iteração do diálogo, individualmente e particularmente, do professor para com certo aluno, como já apresentado outrora, há o dialogar da maneira coletiva, ou seja, o professor ao estar lecionando, usará o método da interrogação, porque dessa forma, o assunto será transmitido da maneira precisa e automaticamente apreendida pela classe. Pois esse tipo de diálogo é um dos melhores métodos a ser apresentado para instigar o aprendiz e o despertar para o interesse do assunto lecionado.
Os ensinos de Jesus chamavam atenção das pessoas, já que o método do diálogo apresentado por Ele fazia o seu ensinamento sobre o Reino de Deus não ser monótono. Os Evangelhos registram que Cristo fez cento e cinquenta e três perguntas aos seus ouvintes no propósito de marcar na mente dos seus pupilos o ensino da Palavra de Deus (Mt 22.20; Mc 12.16; Lc 20.24; 10.26). Não diferentemente, o apóstolo Paulo também usava o diálogo. Às vezes, quando ele se encontrava nas sinagogas para debater e ensinar com relação ao Evangelho de Cristo, o autor do livro de Atos, Lucas, usou o termo grego dialegomai aproximadamente dez vezes para descrever a comunicação do apóstolo para com seu público (At 17.2; 17.17; 19.18).
Durante a lecionação, o professor da EBD, em determinado momento, procurará algumas formas de perguntas para criação do diálogo:
1) Da classe para o professor;
2) Do professor para a classe;
3) Perguntas retóricas, que são perguntas feitas sem a espera de uma resposta, porém são um método que criará reflexão sobre determinado assunto da aula (Rm 8. 31-36) ;
4) Entrevista como forma de perguntas feitas à classe com relação aos pontos da lição, para ver se realmente a turma apreendeu o conteúdo.
Portanto, cabe aqui lembrar que esse método de ensino não pode ser aplicado no decorrer de toda a aula, porque quando há muitas interrogações, em meio a uma exposição da lição, subentende-se que o educador não se preparou e está sem conteúdo.

1.3 Interagindo através do humor e seu cuidado

Um pouco de humor durante a transmissão da aula faz o ensino ser mais atraente. “A verdade que é dita com graça pode alcançar melhor o coração do ouvinte (MORAES, 2005, p. 189)”. Lembre-se de que é só um pouco de humor, pois o objetivo do professor da EBD é transmitir a mensagem do Evangelho.
Uma aula que gira só em torno do humor é muito perigosa, porque isso expressará improviso, fazendo com que os alunos percebam que o professor está com deficiência de conteúdo.  Além do mais, pode tirar o foco do assunto que está abordado na lição.
O exagero do humor pode fazer com que a aula tome outra direção, como no caso de os alunos se acharem no direito de abusar da preleção, no sentido de fazer brincadeiras com seu educador de forma desrespeitosa. Outro fator relevante é que não pode haver tom de brincadeiras com a situação de limitação, ou até mesmo qualquer problema dos alunos. O professor tem que tomar muito cuidado para não fazer uso dos personagens da Bíblia para proporcionar humor.

CONCLUSÃO

Portanto, a grande desvalorização da EBD pela maioria dos membros que formam uma comunidade cristã, no Brasil, tem proporcionado muitas pessoas analfabetas em relação à Bíblia.
Pastores, coordenadores, superintendentes e professores já têm procurado meios para solucionar esta deficiência na EBD. Certamente, um dos fatores que têm levado o grande número de crentes A desvalorizarem esse trabalho realizado pela igreja é a falta da interação professor-aluno. Porquanto, quando o setor educativo da comunidade seguir por esse meio, haverá um grande progresso na qualidade da educação nas escolas bíblicas.
O problema da deficiência das escolas bíblicas nas igrejas não se prende só exatamente na negligência da interação do professor-aluno. Só que esse pode ser considerado um dos principais pontos que, quando resolvido, boa parte da complicação da ausência de alunos será solucionada.
A colaboração do educador interagindo com seus educandos de forma bem dinâmica formará verdadeiros cristãos no sentido moral e espiritual, e além do mais os capacitarão para serem, futuramente, mestres que manejarão bem a Palavra da verdade.
A culpa da deficiência da EBD em solo brasileiro não pode ser colocada só nos professores, mas há uma necessidade  de a igreja local olhar para outros problemas como a necessidade de um grande investimento, começando por uma preparação teológica com relação aos professores, ou pelo menos incentivando-os a cursar um seminário básico de Teologia para melhor trazerem ricos conteúdos para os seus alunos. A igreja brasileira precisa investir no físico da escola, como a construção de salas de aulas com todo aparato de uma escola secular: carteiras, lousa, tecnologia como computador e “data show”, para o professor apresentar melhor ainda a sua aula, além de uma formatura à altura para que os alunos vejam a valorização e reconhecimento pelos seus esforços de estarem em busca do conhecimento a respeito do Reino de Deus. Quando a coordenação executar com mais esmero e dinamismo, naturalmente o corpo discente terá mais prazer em frequentar e participar das aulas da EBD.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

MORAES, Jilton. Homilética. Da Pesquisa ao Púlpito. São Paulo: Editora Vida, 2005.
ROBINSON, Haddon; LARSON, B. Craig. A Arte e o Ofício da Pregação Bíblica. Um Manual Abrangente para os Comunicadores da Atualidade. São Paulo: Shedd Publicações, 2009.
YAWN, Byron. Pregos Bem Fixados. Descubra seu estilo de Pregação. Rio de Janeiro: CPAD, 2015.

SOBRE O AUTOR
   
NATANAEL DIOGO SANTOS, Pastor Auxiliar da Igreja Evangélica Assembleia de Deus em Coroatá-MA (Templo Central). Professor de Teologia. Cursou Grego no Seminário de Teologia Martin Bucer. Autor do Livro Os Dois Testamentos publicado pela Editora Reflexão. E autor de Artigos publicados no Jornal Mensageiro da Paz e na Revista Obreiro Aprovado da CPDA (Casa Publicadora da Assembleia de Deus).


segunda-feira, 9 de março de 2020

DOMÍNIO DO HOMEM DO PECADO


No versículo primeiro do capítulo treze do Livro de Apocalipse, João disse que presenciou uma besta saindo do mar. O mar é uma linguagem simbólica que implica a entender que a fonte de poder da besta não está em cima, mas em baixo. Ou seja, o mar está representando as nações e povos (Ap. 17.15). A besta representa o governo do Anticristo sobre todas as nações do mundo.
João ainda no mesmo versículo descreveu a característica física desse equivalente ser: a sua cabeça tinha dez chifres, dez diademas e acima da cabeça trazia um nome de blasfêmia. Essa expressão de blasfêmia certamente está se reportando de um homem que vai se ostentar como deus.
  Muitos imperadores de Roma blasfemavam quando se diziam que eram deuses e cobravam adoração dos seus súditos e ao mesmo tempo perseguiam aqueles que não cumpriam tal ordem, que era o caso dos cristãos dos primeiros três séculos da era cristã.  Tem-se o exemplo de Nero que se auto- intitulava “o salvador do mundo”, a tal declaração para os cristãos, que tinham Jesus como o verdadeiro Salvador da humanidade, era vista como uma grande blasfêmia contra Deus.
 O Imperador Domiciano, contemporâneo de João, de igual modo se declarava “nosso Senhor e Deus”. É bem verdade que o apóstolo João não especificou qual era o tipo de blasfêmia que se encontrava sobre a cabeça da besta, mas dado o pano de fundo histórico, que é o caso dos primeiros imperadores que se intitulavam como deus, a blasfêmia da besta será exatamente quando se ostentar como deus (Dn. 11.36; IITs. 2.3,4).
A busca do significado do número da besta, 666, tem levantado várias especulações desde os primórdios do cristianismo. Este número já foi atribuído a imperadores como Nero, por ter sido o grande perseguidor e exterminador de vidas de alguns cristãos ainda no século I.
O manuscrito catalogado de Papiro Oxyrhynco 4499, de origem egípcia, datado do final do terceiro e início do quarto século, traz no Livro de Apocalipse uma relevante leitura sobre o número da besta. Ao contrário, dos outros manuscritos que tem preservado o número 666, números estes que são representados pelos caracteres gregos: chi, ksi e o sigma final.  O Papiro Oxyrhynco 4499 traz o número da besta de 616 representados pelas letras gregas chi, iota e o sigma final. Observe que há apenas uma variante, iota, que equivale o número 1, divergindo com outros importantes manuscritos que trazem o número tradicional 666. Essa variante foi uma forma intencional dos copistas modificar o texto com o propósito de “identificar o Anticristo com algum personagem da história que estivesse associado a perseguição e opressão religiosa, como, por exemplo, o Imperador Nero (37-68 A.D.), cujo nome latino (Nero Cesar) escrito em caracteres hebraicos [...] é equivalente a 616”. (PAROSCHI, 2012, p. 47).
O discípulo de Policarpo, Irineu, conhecendo a leitura do número 616, a considerou como uma variante que veio ser acrescentada pelos copistas com a intenção de favorecer sua teologia. Pois, o número tradicional, 666, se encontrava nos melhores e mais confiáveis manuscritos. Ainda Irineu dizia que o tradicional número era confirmado por aqueles que conheceram pessoalmente o apóstolo João,  que traz a ideia que uma destas testemunhas que diziam que o sinal da besta era o 666 e não 616, seja Policarpo, discípulo de João e mestre de Irineu.
A primeira besta, que é identificada de Anticristo, é uma figura simbólica que além de ela ser associada a Nero, os estudiosos procuraram identificá-la também com o Papa e o ditador Hitler, e semelhantemente a muitos outros grandes e cruéis personagens da história. No entanto, o primeiro objetivo aqui não consiste em descobrir quem será a besta citada em Apocalipse 13, mas, sim, procurar saber qual o real significado do seu número, 666.
A interpretação bastante evidenciada da escatologia na atualidade, porém não confiável, é a identificação do número 666 com o chip que trará todos os dados da vida de uma pessoa. A lógica usada para essa interpretação, no entanto equivocada, está no avanço da tecnologia. Com o crescimento tecnológico seria uma forma do mundo está preparando o cenário para o surgimento do Anticristo.  Mais tarde ele usará esses avanços tecnológicos como forma de umas das ferramentas para controlar as pessoas. E o chip por ser uma das últimas invenções no ramo da tecnologia será um meio que favorecerá o Anticristo para identificar aqueles que realmente pertencerá a ele. As pessoas que não trazer em seu corpo o chip não poderão “comprar e vender” (Ap 13. 18).
Dizer que o número da besta seja futuramente um chip, seria uma interpretação precipitada e equivocada de alguns estudiosos da escatologia. O número 666 é uma forma simbólica de dizer quem servirá e adorará a besta. A escolha mais correta de entender isso é fazer uma análise do texto imediato, do que ficar fazendo ou procurando especulações extras bíblicas. O capítulo 13 de Apocalipse registra por várias vezes o verbo adorar atribuindo adoração a besta: (1) depois de a besta ter sido curada toda a terra se maravilhou e a seguiu (13.3); (2) o Dragão, mais conhecido como Satanás, será adorado porque deu autoridade para a besta (13.4); (3) mais uma vez verbo adorar é identificado sendo atribuído a besta (13.8); (4) a segunda besta, a que emergiu da terra, curará a primeira besta e fará com que os moradores da terra a adorem (13.13). Essa segunda besta é de fato o Falso Profeta que “não fará exceções em suas exigências para que todos os habitantes da terra recebam a marca do Anticristo (isto é, da primeira besta). O texto diz claramente que todos serão marcados – “pequenos e grandes, ricos e pobres, livres e servos”. A marca da besta é um substantivo de Satanás para a marca com a qual os 144.000 serão selados (Ap 7.3), e que servirá para identificar os que pertencem a Deus. A marca da besta identifica os seus seguidores, os que se acham sob o controle de Satanás” (HORTON, 2011, p. 184).
 É o mesmo caso com o nome ou número da besta registrado na mão direita ou na testa das pessoas, conforme já dito em cima, o verbo adorar usado por João é para explicar exatamente o que ele quis dizer sobre o número 666.
Portanto, é percebido que em meio à história, a besta e seu sinal são interpretados por estudiosos cristãos com aquilo que está acontecendo em seus dias. Como foi o caso dos primeiros cristãos que por passarem por uma terrível perseguição fizeram uma interpretação equivocada identificando a besta e o seu número como sinal aos imperadores de Roma. Os estudiosos da escatologia da atualidade têm assustado a Igreja com o surgimento do chip atribuindo este aparelho ao suposto número da besta. Cometendo assim os mesmos erros dos cristãos do passado. Quando na realidade a Bíblia por si só explica que o número da besta, 666 é apenas uma forma simbólica para diferenciar daqueles que servirão o Anticristo dos outros que servirão a Deus no período da Grande Tribulação. A Bíblia afirma que haverá pessoas que não negarão de hipótese alguma o nome de Jesus durante este período (7.14; 13.7-10).


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

EHRMAN, Bart. O que Jesus Disse? O que Jesus Não Disse? Quem mudou a Bíblia e Por quê. São Paulo: Prestigio, 2006.
HUNT, Dave. Quanto Tempo Nos Resta? Provas convincentes da Volta Iminente de Cristo. Porto Alegre, RS: Chamada da Meia Noite, 1999.
HORTON, M. Stanley. Apocalipse. As Coisas que Breve Devem Acontecer. Rio de Janeiro: CPAD, 2011.
PAROSCHI, Wilson. Origem e Transmissão do Texto do Novo Testamento. Barueri, SP: Sociedade Bíblica do Brasil, 2012.
RENOVATO, Elinaldo. O Final de Todas as Coisas. Esperança e Glória para os Salvos. Rio de Janeiro: CPAD, 2015.
RICHARDS, O. Lawrence. Guia do Leitor da Bíblia. Uma Análise de Gênesis a Apocalipse Capítulo por Capítulo. Rio de Janeiro, CPAD, 2016.



NATANAEL DIOGO SANTOS, Pastor Auxiliar da Igreja Evangélica Assembleia de Deus  (Templo Central). Cursou Grego no Seminário Teológico de Martin Bucer.  Professor de Teologia. Autor do Livro OS DOIS TESTAMENTOS da Editora Reflexão.  Autor de Artigos Publicados na Revista Obreiro Aprovado e Jornal Mensageiro da Paz da CPAD.


domingo, 8 de março de 2020

Um dia especial, para pessoas especiais



   Não deveríamos precisar de datas fixas para nos lembrar de quem nos é especiais e caros.
Acontece porém que essas datas acabam por enfatizar e chamar a nossa atenção,além de destacar os eventos.
   Na nossa cultura,dita ocidental e extremamente machista não paramos para "notar" o quanto somos dependentes das mulheres!

Veja:
Ficamos 9 meses em seu ventre ...
Tiramos por toda a sua vida o sono...tanto pelo cuidado como também pela preocupação...
Cuida da nossa alimentação... da nossa roupa... da nossa casa... da nossa saúde...dos nossos filhos de nós...............
Enfim......
Fazem parte de 💯% de nossas vidas.....
Pense na sua vida sem a presença das mulheres que fazem parte dela ...
Portanto,muitíssimo obrigado por existirem!!!! Parabéns pelo Dia Internacional da Mulher  !!!!


Pr. André Moreira

sábado, 7 de março de 2020

O EVANGELHO TRANSFORMA CULTURA



Em relação do ponto de vista etimológica da palavra cultura, o termo é derivado do verbo latim colere que literalmente traz o significado de “cultivo”, “cuidado com as plantas, com os animais e tudo o que se relaciona com a terra, como a agricultura”; o seu significado abrange também a palavra “culto” relacionado a crença a determinados deuses; da palavra cultura vem o termo “puericultura”, porquanto está relacionado com a educação das crianças e seus cuidados (ARANHA; MARTINS, 2009, p. 409). Em resumo, o conceito etimológico da palavra cultura é um tipo de humanização que se encontra constantemente em um estágio de processo dando sentidos de significados, significados que tanto esclarece a modificação aplicada ao mundo e as pessoas que convivem nele. Sendo mais preciso, essa modificação se dá nos grupos encontrados em uma sociedade e comunidade definindo a cultura como algo totalmente plural, variável e dinâmica. 
O conceito de cultura partindo da visão antropológica confirma-se que o homem por não andar por seu próprio instinto -, e para se adaptar no mundo do qual está estalado, ele inventará ferramentas, ferramentas estas que podem ser classificadas como objetivas e subjetivas. A primeira se define como as construções de materiais, as obras de artes, as leis e a forma de organizar a sociedade; a segunda é a visão de mundo, crenças, princípios morais e representações ideológicas que lhe garantirá o meio de convivência e sobrevivência para o desenvolvimento da sua humanidade.
Cultura é definida também como um meio de ligação com o homem e o mundo do qual ele convive. Fazendo o indivíduo se relacionar com certos grupos sociais lhe adaptando em tipos de costumes e valores morais e éticos garantindo assim, a continuação da sociedade uma vez diversificada em seus comportamentos e interesses sociais. Valores morais seria o conjunto de regras e princípios que qualificará o agir e o comportamento do indivíduo em meio a um grupo social; valores éticos são formas de o indivíduo refletir sobre essas regras e princípios que fundamentam uma vida moral (2009, p. 214). À Medida como o curso da história foi se desenrolando foram se formando grandes tradições onde construíram e marcaram civilizações conhecidas até hoje, como do tipo: a civilização grega, ocidental e chinesa. 
Portanto, ao longo da história, homens como Alexandre, o Grande, implantava a cultura helênica através da espada. Do mesmo modo, nações como Roma implantava seu império e cultura com o poder bélico. Lembrando-se da vez quando Roma conquistou a Grécia, na realidade desta vez não foi Roma que implantou a sua cultura, no entanto, a Grécia envolveu os romanos na sua filosofia, ética, moral e até mesmo na sua religião politeísta. Paroschi (2012) disse: “Quando a Grécia caiu sob o domínio romano, foi Roma que acabou sucumbindo ante a influência da cultura e dos ideais gregos” (PAROSCHI, 1012, p. 7). Em meio de duas culturas fundidas, pode-se dizer assim, o cristianismo através dos seus pregadores teve o grande desafio e o trabalho de influenciar através da sua cultura o paganismo das nações provinciais agora envolvidas na cultura greco-romana.

1.1 A formação da cultura cristã em outros povos

As nações pagãs, uma vez feita província do Império Romano, começaram a serem impactadas com outra cultura, desta vez totalmente projetada dentro dos aspectos morais e éticos e espirituais do cristianismo. E isso somente passou acontecer quando a Igreja de Cristo saiu dos limites geográficos de Israel. Sumariamente, entende-se que com esse avanço do cristianismo pelo mundo, em boa parte do Oriente e por não dizer relativamente em todo o Ocidente, criou-se uma cultura exatamente fundamentada nos ensinos de Cristo Jesus. Onde o amor a Deus acima de todas as coisas e ao próximo foi difundido através dos séculos que terminou formando tradições e marcando antigas e atuais civilizações, em especial a região ocidental.
Estudiosos do século XIX, como o teólogo alemão, Ferdinand Christian Baur afirmava, que Pedro ensinava o Evangelho a partir dos ensinos de Cristo, ensinos estes baseados de acordo com o seguimento judaico-cristão, enquanto isso, os ensinos de Paulo já eram vistos moldados de acordo com a cultura greco-romana (BLOMBERG, 2010, p.69). Logo, não se pode concordar com tal teoria, porquanto, é comprovado que todos os ensinos teológicos de Paulo espalhado sistematicamente por suas cartas estão fundamentados categoricamente na teologia de Cristo. Tem-se exemplo de ensinamentos éticos: 1 Coríntios 9.14 com Mateus 10.10 e com Lucas 10.7; 1 Coríntios 7 com Marcos 10.2-12; Romanos 12.14 com Lucas 6.28; Romanos 13.7 com Marcos 12.17; Romanos 14. 13 com Mateus 7.1 e com Lucas 6.37. Esses textos paulinos em paralelo com os ditos de Jesus são apenas uma pequena parte de uma vasta gama de provas de outros textos éticos de Paulo fundamentados com os ensinos de Cristo e assim transmitidos metodicamente aos povos gentílicos para a formação de suas culturas.




1.2 A formação da cultura cristã no mundo politeísta

Quando os primeiros cristãos saíram dos limites geográficos de Israel, estrategicamente, em contraste com o politeísmo, eles pregavam e ensinavam a respeito de um único Deus (ICo 6. 4-6). Responsabilidade antes realizada pelos judeus em seus tempos de glória. “A pregação missionária cristã no mundo gentílico não podia ser simplesmente o querigma cristológico; ela teve que começar, antes com o anúncio do único Deus. Pois, não só a visão judaica e judaico-cristã predominante é a de que o único Deus verdadeiro é desconhecido no mundo gentílico e que a religião gentílica é politeísmo e idolatria, mas também, com efeito, o trabalho missionário cristão alcançou inicialmente aquelas camadas em que o politeísmo ainda era uma força viva” (BULTMANN, 2008, p. 110).   
Os missionários cristãos depois de desembarcarem no mundo gentio, em sequência, se depararam com cultos prestados a vários deuses com apresentações cerimoniosas litúrgicas por prostitutas em atos sensuais e pornográficos.  A comunidade cristã, então, com os fundamentos da sua fé e temas de mensagens já traçados convidaram os gentios a servir um único Deus (Gl 4.8). Pois, as pessoas que estavam em um círculo vicioso de um mundo politeísta, o kerigyma do Evangelho propagado pelos apóstolos, em especialidade por Paulo, começou vim com temas e pontos falando sobre os tempos da ignorância (At 17.30; Ef 4.18).
E da vez quando Paulo chega à cidade dos tessalonicenses encontrou um cenário totalmente idolatra com relação a deuses falsos e mortos, pois, a sua mensagem em primeira instância foi anunciada com a temática de único Deus vivo e verdadeiro (ITs 1.9). Do mesmo modo, ele se deparou em uma cidade grega, por nome Corinto, a rica, e pregou alertando que seus deuses eram mudos, porém, o apóstolo apresentou um Deus que fala mediante a revelação de seu Filho (ICo 12.2). Ainda em Corinto, o apóstolo dos gentios, pela revelação do Espírito de Deus proclamou em meio àquela gente, que por trás de seus ídolos havia demônios (ICo 10.19, 20). Na cidade da Galácia, situada na região da Ásia menor, Paulo pregou para os gálatas afirmando a respeito dos seus ídolos não eram deuses, logicamente entende-se que esses ídolos eram apenas invenções e criações da mente humana (Gl 4.8). 
Além das mensagens cristãs, em contraste com o politeísmo, anunciarem e se reportarem com relação a um só Deus, elas se prendiam também em revelá-Lo como o arquiteto e criador supremo do universo. Por sua vez quem garantia essa revelação era o Antigo Testamento, a Bíblia usada até então pelos primeiros cristãos. A tradução das Escrituras Veterotestamentárias, até muitas vezes usada pelos apóstolos para recitar seus textos no Novo Testamento, era na realidade a Septuaginta (LXX). Um texto traduzido do hebraico para grego por setentas grandes eruditos judaicos a amando de Ptolomeu Filadelfo entre 275 e 250 a. C. Segundo a lenda, esses mestres, em dupla, foram confinados em quartos ou salas separadas para produzirem o texto grego, e quando saíram foi constatado como um milagre, pois, haviam produzido os seus respectivos textos semelhantes. 
De acordo com os ensinos dos cristãos a respeito da promessa da vinda do Messias baseados nos textos sagrados judaicos, foi predominante para o surgimento dos ensinos morais e éticos da cultura judaico - cristão.  Paulo conhecendo bem o Antigo Testamento sempre procurava apresentar aos povos das religiões politeístas, a respeito de um único Deus e criador.
Atenas, capital da Grécia, foi um desses lugares que ele apresentou esse Deus.  Lucas no seu livro histórico, Atos dos apóstolos, cirurgicamente narrou quando Paulo se encontrou cercado por uma grande quantidade de ídolos (At 17. 16 – 34). O médico amado disse, pois a cidade estava dominada pela idolatria (17.16). Uma vez Vincent (1834-1922) registrou as seguintes palavras: Plinio nos informa que na época de Nero, Atenas continha mais de três mil estátuas públicas, além de um número incontável de imagens menores, no interior de casas particulares. Deste número, a grande maioria em estátuas de deuses, semideuses ou heróis. Em uma rua, havia, diante de cada casa uma coluna quadrada, que sustentava um busto do deus Hermes. Outra rua, chamada de Rua dos Trípodes, era margeada por trípodes, dedicados a vencedores dos jogos nacionais gregos, e ostentando, cada uma delas, uma inscrição a uma divindade. Cada porta e cada pórtico tinha seu deus protetor. Cada rua, cada praça, ou melhor, cada canto da cidade tinha seus santuários, e um poeta romano notou amargamente que era mais fácil encontrar deuses em Atenas do que homens.  (Davies apud Vincent, 2012, p.437).
Com seu espírito revoltado, em meio àquela terra de deuses, Paulo pregava para os judeus em sinagogas e para os gregos em ágoras. Visto que os judeus falavam muito de ressurreição, mas pouco da imortalidade, os gregos acreditavam no fim do corpo e na imortalidade da alma. Sobretudo, o apóstolo mostrou a superioridade do cristianismo em comparação à religião judaica e o paganismo grego, no sentido de não só acreditar na ressurreição do corpo, mas na sua imortalidade (At 17. 17,18 31). 
 Em meio àquela grande quantidade de ídolos, Paulo encontrou um altar atribuído ao “Deus Desconhecido” (17.23).  O Deus Desconhecido era uma forma dos gregos dizerem que ainda poderia haver outras divindades e, para evitarem supostas maldições levantaram um altar ao cujo deus. Sabiamente, então, Paulo aproveitou a oportunidade para descortinar o entendimento sobre o Deus do qual pregava - era o criador do mundo (17.24). Visto que isso foi uma forma de ele está refutando duas classes de filósofos: os epicureus e os estóicos (17.18). O primeiro além de acreditarem na aniquilação da alma por intermédio da morte, ainda eram ateus. No sentido de não acreditarem na providência e na supremacia Divina. O segundo eram panteístas, pois, acreditavam que o mundo era Deus. Logo, Paulo para refutar os epicureus disse que Deus existe e é o provedor e o supremo criador de tudo. Como ao mesmo tempo refutou os estóicos quando afirmou que Ele não é o mundo, mas o criador e o governador deste. 
Os deuses das nações politeístas eram ídolos limitados, no sentido de atuar apenas em determinadas funções. Com relação aos deuses da Grécia não eram diferentes, pois, cada um atuava limitadamente em cidades ou equivalentes áreas da vida, por isso a superstição e crença dos gentios em grandes quantidades de deuses.  Porém, Paulo para refutá-los disse que o Deus Desconhecido o qual ele pregava havia através de um homem criado toda a raça humana (17.26). Em outras palavras, o apóstolo estava falando do poder ilimitado desse Deus. Enquanto, os respectivos deuses gregos se prendiam em atuar apenas em determinados pontos da vida do ser humano e da natureza, o Deus Desconhecido de Paulo era Deus para cada situação da vida.

CONCLUSÃO

  Portanto, a cultura cristã uma vez formada no Ocidente está sendo modificada, pois, os povos de culturas de outras religiões estão invadidos as nações e as transformando com sua cultura religiosa pagã, isso não é uma previsão, mas o   pluralismo religioso já é uma realidade nos países cristãos, porque de acordo com acumulação de estrangeiros de outras religiões em nações cristãs estão aos poucos mudando a característica da formação da cultura nesses países que predomina o cristianismo. Em muitos países, o crescimento da diversidade empírica de religiões e ideologias está, em parte, ligado aos novos padrões de imigração (com frequência de suas ex-colônias) e com o declínio geral da influência da tendência judaico-cristã na visão de mundo e nos valores (CARSON, 2013, p.16).
 Em função da predominância do pluralismo religioso nos países cristãos resultará na formação da cultura de tolerância religiosa. E aquilo que já era difícil, em relação da proclamação do Evangelho, se tornou mais difícil ainda. Porquanto, o pluralismo propaga que não existe mais o absoluto, mas tudo é interpretado dentro do subjetivo. Isto é, não tem uma única religião verdadeiramente correta, mas todas do aspecto de vista dos seus respectivos devotos elas podem ser verdadeiras.
 Toda religião tem por principal objetivo de pregar a ética e a moral; mas só que esses valores que programam o caráter de um homem em meio de uma sociedade estão no próprio esforço do indivíduo adepto a esta religião. Ao contrário das outras religiões, o cristianismo ensina que o esforço não se encontra no cristão, mas, sim, na graça da pessoa bendita de Cristo Jesus. Então, o que a Igreja deve fazer com a pregação do Evangelho, se todas as religiões são supostamente tidas como verdadeiras no sentido de seus valores éticos, morais e espirituais? Na realidade o único meio para quebrar este pluralismo religioso é a Igreja acreditar no poder da Palavra, pois, ela é a única que tem o poder argumentativo e espiritual para formar vidas e culturas (Rm 10.17; Hb 4.12). 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ARANHA, Maria Lúcia de Arruda; Martins, Maria Helena Pires. Filosofando. Introdução à Filosofia. São Paulo: Editora Moderna, 2009.
CARSON, D.A. Deus Amordaçado. O Cristianismo Confronta o Pluralismo. São Paulo: Editora Shedd, 2013).
BLOMBERG, Craig L. Questões Cruciais do Novo Testamento. Rio de Janeiro: Editora CPAD, 2010.
BULTMANN, Rudolf. Teologia do Novo Testamento. Santo André, SP: Editora Academia Cristã, 2008.
DAMIÃO, Valdemir. História das Religiões. Sua Influência na Formação da Humanidade. Rio de Janeiro: Editora CPAD, 2010.
LATOURETTE.  Kenneth Scott. Uma História do Cristianismo. Volume 1. São Paulo: Editora Hagnos, 2006.
PAROSCHI, Wilson. Origem e Transmissão do Texto do Novo Testamento. Barueri, SP: Editora Sociedade Bíblica do Brasil, 2012.


NATANAEL DIÔGO SANTOS é Pastor Auxiliar da Igreja Evangélica Assembleia de Deus em Coroatá – MA (Templo Central). Bacharel em Teologia pela Faculdade Evangélica do Piauí (FAEPI). Especialização em Estudos Teológicos no Centro Presbiteriano de Pós-Graduação na Andrew Jumper – CPAJ, vinculada a Universidade Presbiteriana Mackenzie. Professor de Teologia. Cursou Grego no Seminário Teológico de Martin Bucer.. Autor de Artigos Publicados na Revista Obreiro Aprovado e Jornal Mensageiro da Paz da Casa Publicadora das Assembleias de Deus (CPAD). Casado com Cristiane Lima M. Santos, Pai de Kevellin Caroline Lima M. Santos. Autor do Livro Os Testamentos Publicado pela Editora Reflexão.


quinta-feira, 5 de março de 2020

Lição 10: Só o Evangelho muda a Cultura Humana



Cultura e Costumes

Definindo Cultura:
1. Ação ou efeito de cultivar a terra; cultivo;
2. Criação de animais;
3. Produto de tal cultivo ou tal criação;
4. Conjunto de padrões de comportamento, crenças, costumes, atividades,  etc
5. Forma ou etapa evolutiva das tradições e valores de um lugar ou período específico, civilização;
6. Conhecimento; instrução;

Definindo costumes:
1. hábito, prática (de caminhar);
2. Modo de pensar característico de pessoa, povo, etc; comportamento;
3. Moda;
4. Particularidade de algo.

Os costumes, as crenças, as tradições, pertencentes à cultura local, ou de um estado, ou um país, possuem aspectos que contrariam a vontade de Deus e é nesse aspecto que o evangelho muda a cultura. Essa mudança não é algo imposto à toda nação, mas assimilado pelo novo convertido, que através do Espírito Santo entende que tais crenças, costumes e tradições  são  contrárias à Sã Doutrina e portanto não deve fazer parte de sua vida. 
Paulo, ao adentrar em Atenas, vê a crença  daquele povo e sente revolta devido à idolatria reinante ali, At 17.16. E ele ensina por vários dias v.17, até que é levado ao  areópago e inquirido pelos magistrados daquele lugar.  Ali Paulo apresenta à eles o 'Deus Desconhecido', o qual eles tinham uma altar, mas não O conheciam. A palavra de Deus diz que alguns zombam, outros crêem, At 17.34. Os costumes, as tradições e crenças daquele povo, à partir de agora, iriam ser submetidos aos ensinos das escrituras e as crenças em vários deuses seriam descartadas pelos novos crentes.
No AT temos várias passagens apresentando que os costumes, crenças e tradições pagãs, não deveriam ser assimiladas pelo povo de Deus. Antes de entrar na terra prometida (Canaã) eles são ensinados, pelo próprio Deus,  a não seguir os costumes do povo cananeu e sim servir à DEUS e obedecer as suas normas, Lv.18.30. A cultura de Israel foi formada baseada nos princípios divinos, com suas leis, festas e culto a Deus, e devia ser ensinada aos filhos oralmente para que fossem aceitos por Deus.

Essa lição é muito importante para nós, cristãos  e aprendizes da palavra. Ela é uma sequência das anteriores formando um todo.  O homem que pertence a um povo,  que se desenvolve em determinada cultura (não importa qual, não existe cultura inferior ou superior) e que precisa encontrar o Salvador para que haja redenção e justificação.

 _''Sendo justificados gratuitamente, por sua graça, mediante a redenção que há em Cristo Jesus,''_ Rm 3:24

Profa Cristina Mello🌹

Fonte de pesquisa: Dicionário Houaiss

terça-feira, 3 de março de 2020

Jesus Cristo... batiza no Espírito Santo!

 

   Hoje completam se vinte e nove anos em que fui poderosa, abençoadora e marcantemente batizado no Espírito Santo.
   Gosto sempre de comemorar e me lembrar dá rotina de busca pelo "poder do Alto", " poder pentecostal".
As frequentes participações em cultos de oração, vigílias e orações individuais em casa. A busca por uma bênção muito importante, não poderia ser " buscada" de outra forma.
   Não era um dia especial, no sentido de ser durante um congresso ou coisa assim (muitos crêem que Jesus só batiza em congressos), mas foi após o culto de terça feira, culto de ensino ou doutrina nas ADs. O pastor convidou os irmãos que queriam ser batizados no Espírito Santo. Me juntei a outros e comecei a orar, enquanto recebia a imposição de mãos de vários obreiros, enquanto podia ouvir frases como : " batiza esse teu servo Jesus ... cumpra a promessa pentecostal nele Senhor!"
Derrepente, como está em Atos 2, comecei a sentir algo que jamais havia sentido antes. Um sentimento de grande alegria e um senso enorme da presença de Deus! (Aleluia!!!)
   Fui e sou batizado no Espirito Santo!!! A doutrina pentecostal pode, e é comprovada pela experiência como está registrado em Atos.
Como bem disse o Ev.Tiago Rosas : " O Espírito Santo dentro da comunidade pentecostal não se resume a um conjunto de crenças sabiamente decodificadas... o Espírito Santo tem voz e vez dentro da igreja pentecostal."

É assim que creio, ensino e vivo! Jesus batiza no Espírito Santo!


Bibliografia

Rosas, Tiago. Poder poder pentecostal,epub 2019
 

segunda-feira, 2 de março de 2020

2° Trimestre das Lições Bíblicas adultos


Tema: A Igreja Eleita - Redimida Pelo Sangue de Cristo e Selada com o Espírito Santo da Promessa.

Comentarista: Pr.Douglas Baptista

Sumário:
Lição 1 - Carta aos Efésios - Saudação aos Destinatários
Lição 2 - A Sublimidade das Bênçãos Espirituais em Cristo
Lição 3 - Eleição e Predestinação
Lição 4 - A Iluminação Espiritual do Crente
Lição 5 - Libertos do Pecado para uma Nova Vida em Cristo
Lição 6 - A Condição dos Gentios sem Deus
Lição 7 - Cristo é a nossa Reconciliação com Deus
Lição 8 - Edificados sobre o Fundamento dos Apóstolos e dos Profetas
Lição 9 - O Mistério da Unidade Revelado
Lição 10 - A Intercessão pelos Efésios
Lição 11 - Atributos da Unidade da Fé: Humildade, Mansidão e Longanimidade
Lição 12 - A Conduta do Crente em Relação à Família
Lição 13 - A Batalha Espiritual e as Armas do Crente


Valorize a Escola Dominical

   A Escola Dominical é uma das ferramentas de maior poder de instrução, orientação e formação espiritual.
   Nós precisamos valorizar na prática !