sexta-feira, 23 de julho de 2010

Profecia e misticismo




“Cuidado com os falsos profetas”. (Mt 7.15. NVI). Esta é uma advertência clara e incisiva feita por Cristo no sermão do monte. Esta advertência nos ensina no mínimo duas verdades fundamentais para a maturidade cristã. Primeiro, os falsos profetas existem, e segundo, devemos ter cuidado. E eu afirmo, precisamos tomar muito cuidado, pois como acrescentou Cristo eles vêm a nos vestidos de pele de ovelha. Os falsos profetas são na verdade perigosos porque são místicos (na verdade são feiticeiros, discípulos de Balaão. Aqui usaremos o termo místico). Existe um misticismo extremo em seu ministério, um misticismo que atua a partir do erro e do engano. Este misticismo dos falsos profetas é um misticismo no poder e na eficácia de satanás cujo principal propósito é o engano doutrinário e teológico mudando a verdade do evangelho de Cristo em mentiras. Esta lição tem o propósito de ensinar o povo de Deus os procedimentos corretos para detectar e desmascarar estes profetas místicos que enganam e atrapalham a vida cristã do povo de Deus.

Definição
Antes de mais nada é importante ressaltar que temos uma doutrina bíblica comumente chamada de “união mística”. Ela é a união intima, vital e espiritual entre Cristo e seu povo. Esta é uma união; orgânico, vital, recíproca, pessoal, transformadora, e mediada pelo Espírito Santo. Existe um misticismo verdadeiro que envolve Cristo e sua igreja. Místico é uma coisa relativa à vida espiritual e sobrenatural do grego mystikos e misticismo é uma crença religiosa e filosófica que admite a comunicação e a comunhão oculta entre o ser humano e a divindade. Portanto existe dois tipos de misticismo um falso e um verdadeiro. Esta lição trata do misticismo falso dos profetas falsos.

1- dois tipos de profetas místicos

a) a primeira classe de profetas místicos são aqueles que fazem predições que não se cumprem. Eles são profetas dotados de conhecimento bíblico, e também conhecimentos seculares. Ou seja, são mestres, conhecem o comportamento humano, atuam no intelecto e nos aspectos emocionais do humano, andam por ai levando os incautos ao erro. Porem comete seu grande erro, predizem coisas que jamais se cumprem. Vejamos o que Deus diz sobre tais profetas;
“Mas talvez vocês perguntem a si mesmos: como saberemos se uma mensagem não vem do senhor? Se o que o profeta proclamar em nome do senhor não acontecer e nem se cumprir, essa mensagem não vem do senhor. Aquele profeta falou com presunção. Não tenham medo dele”. (Dt 18.21-22. NVI).
Este principio que é ensinado no antigo testamento também se aplica aos profetas do novo testamento. Qualquer profecia em qualquer tempo proferida por inspiração do Espírito Santo terá seu pleno cumprimento. Portanto, a falsa predição é uma característica do profeta místico.

b) a segunda classe de profetas místicos são aqueles que predizem o futuro e profetizam com precisão, e também fazem milagres. Porem produz falsas doutrinas. Ou seja, são hereges.
Vejamos o que Deus diz sobre tais profetas;
“Se aparecer entre vocês um profeta ou alguém que faz predições por meio de sonhos e lhes anunciar um sinal miraculoso ou um prodígio, e se o sinal ou prodígio de que ele falou acontecer, e ele disser: vamos seguir outros deuses que vocês não conhecem e vamos adorá-los, não dêem ouvidos as palavras daquele profeta ou sonhador. O senhor, o seu Deus, esta pondo vocês a prova para ver se o amam de todo o coração e de toda alma”. (Dt 13. 1-3. NVI).
Cristo faz eco à teologia de Deuteronômio 13 ao afirmar que nem todo que lhe diz senhor, que profetiza que expulsa demônio, e que principalmente realizaram muitos milagres não entraram em seu reino, inclusive Cristo lhes dirá nunca os conheci. Afastem-se de mim vocês que praticam o mal. (Mt 7 15-23. NVI). Milagres não é credencial de um homem de Deus. A igreja tem passado por dificuldades por causa destes profetas místicos que fazem milagres. Mas, perguntamos; se são hereges, se Deus não esta com eles com que poder e em nome de quem eles realizam tais sinais e prodígios? A resposta a esta pergunta deve ser dupla. Primeiro estes profetas místicos são hereges falam mentiras e estão a serviço do pai da mentira, como Deus diz em deuteronômio levam o povo a adorar outros deuses. Portanto eles atuam segundo o poder e a eficácia de satanás. E Paulo confirma este fato; “isto não é de admirar, pois o próprio satanás se disfarça de anjo de luz. Portanto, não é surpresa que os seus servos finjam que são servos de justiça”. (2 Co 11.14,15. NVI). Segundo, esta é sem sombra de duvida a vontade permissiva de Deus. Ele afirma em deuteronômio que estas coisas acontecem para que possamos ser provados e em seguida aprovados e nunca o contrario.
A única maneira que conheço de detectar um erro teológico e doutrinário é uma que traz consigo dois aspectos; em primeiro lugar a igreja precisa contar com pessoas realmente capacitadas. Ou seja, pessoas que de fato conheçam a palavra de Deus, teólogos realmente capacitados que possam detectar heresias sutis. Em seguida que tenham comunhão com o senhor, intimidade com Deus. Somente um homem intimo de Deus pode ter discernimento correto do bem e do mal. Em segundo lugar esta herança precisa ser passada. Ou seja, a igreja precisa ser ensinada. O povo precisa urgentemente conhecer a palavra de Deus, e esta é uma tarefa dada aos ministros como esta registrado em efesios 4. 11, ss. Alem disso esta é a prioridade de Cristo conforme sua grande comissão. (Mt 28. 19,20. NVI).

Balaão, o místico da mesopotâmia. (Nm 22-24).
Balaão era o famoso profeta das bênçãos e das maldições. Ele, um profeta pagão foi contratado por um rei pagão para amaldiçoar o povo de Deus. O rei lhe ofereceu muito dinheiro, (os profetas místicos gostam de muito dinheiro) e ele ficou muito contente em atender ao pedido. Ele tentou varias vezes amaldiçoar Israel, mas só saia bênçãos de seus lábios. Sabe por que Balaão era considerado um homem de Deus? Porque suas predições aconteciam de verdade. Mas não se iluda Balaão não era profeta e nem tampouco homem de Deus. Balaão é condenado no novo testamento como o protótipo de todos os falsos profetas. Veja o que diz o apostolo Pedro;
“Tendo os olhos cheios de adultério, nunca param de pecar, iludem os instáveis e tem o coração exercitado na ganância. Malditos! Eles abandonaram o caminho reto e se desviaram, seguindo o caminho de Balaão, filho de Beor, que amou o salário da injustiça. Mas em sua transgressão foi repreendido por uma jumenta...” (2 Pe 2. 14-16 NVI). Balaão era ganancioso, podia ser comprado (Nm 22.17). Ele bolou um plano para agradar o rei e receber o dinheiro, ele persuadiu Israel a praticar a imoralidade sexual com as moabitas e adorar a Baal (Nm 31.16; 25 1-3). Portanto, para se ter absoluta certeza da autenticidade de um profeta ou homem de Deus, precisamos conhecer seu estilo de vida, sua conduta, seu caráter, e em seguida conhecer acima de tudo sua doutrina, seu ensino, sua teologia.


A necessidade da profecia bíblica
No antigo testamento temos variadas formas de revelação (Hb 1. 1, ...muitas vezes e de muitas maneiras...). Contudo o padrão único decisivo é a palavra profética. Deus se revela no antigo testamento por meio da palavra pela linguagem. Se fizermos a pergunta o que há na bíblia? A resposta obvia seria, profecia. A bíblia é na verdade um livro profético. Existe - e aqui precisa ser reconhecido e atestado por todos - uma diferença gigantesca entre a palavra profética do antigo testamento e a palavra profética do novo testamento. O valor extraordinário e sublime da palavra profética do antigo testamento consiste no fato de que a palavra de Deus é comunicada por meio da palavra do profeta, e que ao mesmo tempo é uma ação de Deus na historia, é um ato de Deus. A historia de Israel é uma historia marcada pela ação de Deus na e fazendo a historia.
Entre o antigo testamento e nós mantem-se uma nova forma de revelação, o Senhor Jesus Cristo. Aquilo que os profetas podem apenas dizer, que as suas palavras podem apenas apontar como algo que ainda estava por vir uma perfeição ainda a ser realizada no futuro, agora aconteceu: Deus conosco. O próprio Deus esta aqui. Esta é a grande necessidade da profecia bíblica; preparar israel, preparar o mundo, anunciar o novo tempo, a restauração de todas as coisas. Anunciar não o ir do homem ao encontro de Deus, mas sim a vinda de Deus ao homem. “o verbo se fez carne”. Aquele que foi profetizado em linguagem humana por meio de palavras proféticas, agora esta presente em pessoa. “ele se fez carne e habita entre nos ... e vimos a sua gloria”...(Jo 1. 14). Só agora fica claro para nos o prólogo de hebreus : “a nos falou nestes últimos dias pelo filho” (Hb 1.2). Nisto consiste a necessidade da profecia do antigo testamento bem como sua real diferença com o novo testamento. Não precisamos mais de profetas tais como Jeremias, Moises ou Elias. Agora temos o Deus filho com seu novo testamento ministrando à igreja por meio do Deus Espírito Santo que ele próprio enviou depois de ser assunto aos céus.

Pb. Juliano da Silva
2010

sábado, 3 de julho de 2010

Pastor Oscar Moura é o 1º Vice Presidente da CGADB


Pastor Oscar Domingos de Moura assume a primeira vice-presidência da Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil.


Pastor Cyro Mello, secretário adjunto explica porque pastor Domingos foi empossado através de liminar.


A posse aconteceu durante a reunião da mesa diretora no dia 29 de junho de 2010 na sede da instituição. A vaga na mesa diretora ficou disponível devido a renúncia do pastor Silas Malafaia.

Pastor Oscar Moura foi o segundo mais votado para o cargo na 39ª Convenção Geral realizada no Espírito Santo em abril de 2009. Mediante a Liminar da terceira vara cível da cidade de Serra, no Espírito Santo, Assinada pela juíza Telmelita Guimarães Alves, pastor Oscar viu um sonho antigo se realizar. “A gente já esperava desde a eleição que acontecesse esta vitória mas na eleição não veio, veio depois”, declarou Moura.


A equipe do CPAD News apurou junto ao pastor Cyro Mello, secretário adjunto da Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil, informações complementares sobre a decisão do pastor Oscar em entrar com uma liminar para assumir o cargo uma vez que o estatuto da instituição não mencionava que medidas jurídicas deveriam ser adotadas para este tipo de vacância.


Segundo o pastor Cyro não havia necessidade deste artifício jurídico apresentado pelo pastor do Espírito Santo para ter acesso ao cargo. “A necessidade de fato não havia, a necessidade foi do próprio interesse do candidato, e como ele foi o segundo mais votado, por esta razão ele achou que deveria entrar com este recurso, uma vez que o nosso estatuto não prevê esta substituição em caso de renúncia”, afirma pastor Mello.


Pastor Cyro explica ainda que por este ser o primeiro caso na história da instituição, a Convenção não tinha previsto uma posição sobre o tema, e por isto, abriu-se uma oportunidade para que o candidato entrasse com uma liminar para assumir o cargo. “Como é o primeiro caso na história da CGADB, então nunca havia se previsto esta substituição de algum diretor da Convenção Geral em caso de renuncia. Foi aí então que o pastor Oscar entendeu que a razão pela qual ele deveria entrar seria unicamente pela liminar.” Completa o secretário adjunto da CGADB.


Mello menciona que a CGADB estava aguardando uma próxima Assembleia Geral para que o assunto fosse colocado em discussão. “A mesa diretora estava esperando a próxima Assembleia Geral Extraordinária (AGE), que já está estabelecida para abril (entre 12 e 14) de 2011, juntamente com a Assembleia Geral Ordinária (AGO), então nessa assembleia iria se estudar a possibilidade de se ter uma nova eleição, uma vez que o estatuto não menciona nada neste sentido".


O presidente da Convenção Geral das Assembleias de Deus (CGADB), o pastor José Wellington Bezerra da Costa deu seu parecer sobre a posse do pastor Oscar de Moura. “Nós colocamos no seu verdadeiro lugar o seu primeiro vice presidente, o pastor Moura, que estava aguardando por uma decisão, e nós o recebemos em nossa mesa diretora”.


No dia 30 de junho foi realizada uma audiência da mesa diretora com os presidentes das convenções vinculadas à CGADB e os respectivos assessores jurídicos para apreciar possíveis mudanças no estatuto da instituição.

Fonte: CPAD News

segunda-feira, 28 de junho de 2010

UMA CAMPANHA PARA MUDAR A IGREJA




Há alguns meses prometi lançar uma campanha nacional neste blog. Reconheço que demorei bastante. São as muitas ocupações. Mas aí está. É uma proposta simples para que as igrejas, independente de sua filiação denominacional ou autonomia, suspendam certas práticas durante pelo menos um ano e depois parem para avaliar em que elas melhoraram, onde progrediram, ou se, ao contrário, houve algum retrocesso. Acho a última hipótese improvável, mas é um direito que cada igreja tem de fazer a própria avaliação. Caso o progresso seja percebido, aconselho que a suspensão seja mantida, pois o Reino de Deus só terá a ganhar.

Se você concordar com os termos abaixo, fique à vontade para reproduzir em seu blog (citada a fonte), afixar no mural de sua igreja, caso seja o pastor, ou encaminhar aos seus líderes para que eles tomem conhecimento e avaliem se vale ou não a pena aderir à campanha.

Às propostas:

1. Deixe de promover eventos festivos um atrás do outro, que acarretam enormes despesas à igreja e pouco resultado trazem à vida espiritual dos crentes e à evangelização, mas não abra mão dos cultos "normais", onde todos podem ser edificados mutuamente. Aqui a comunhão pode ser experimentada em sua dimensão mais profunda.

2. Pare de criar nomenclaturas para definir um culto do outro, como, por exemplo, "culto da vitória", "culto de libertação", "culto de avivamento", "cul to da virada" etc., pois culto se presta a Deus de acordo com os elementos descritos no Novo Testamento, e todos eles, quando prestados de fato ao Senhor, cumprem todas as finalidades bíblicas.

3. Reprograme as atividades extra-cultos em sua igreja, entre elas os ensaios dos diferentes departamentos musicais, para não correr o risco de um ativismo improdutivo e ter os horários de tal maneira ocupados com tantas programações que o tempo para o verdadeiro culto a Deus seja escasso, trazendo sérios prejuízos espirituais à vida dos crentes.

4. Tome a decisão radical de não convidar cantores famosos para "abrilhantar" os festejos da igreja (até porque estes em grande parte já não mais farão parte do calendário, pelo menos por um ano) e você descobrirá quantos talentos escondidos na própria igreja poderão ser aproveitados, sem custo algum, nos cultos regulares ou em outro evento extremamente indispensável. Além disso, se não houver demanda, os cantores (sem cair no terreno da generalização) deixarão de cobrar os elevados cachês e, quem sabe, aprendam a ver o que fazem como ministério e não como profissão.

5. Não deixe também de valorizar o cântico congregacional. Uma igreja que adora a Deus unida pode experimentar a vida comunitária com muito maior comunhão e proveito do que aquela em que os membros são meros assistentes de culto. Vêm e vão sem nenhum comprometimento com a vida comunitária. < br />
6. De igual modo, pare de convidar pregadores renomados, os quais seguem a mesma linha dos cantores "profissionais" e chegam nas igrejas com os DVDs (ou CDs) da mensagem ainda a ser pregada já prontos para serem colocados à venda na porta da igreja por um preço bem módico. Quem sabe eles (sem cair também no terreno da generalização) da mesma forma aprendam e passem a servir e não buscar serem servidos.

7. Na ausência dos pregadores que não serão mais convidados, pare de "encher linguiça" durante os cultos, não mais ofereça "capim seco" às suas ovelhas, mas prepare-se para a cada culto ter sempre uma nova mensagem bíblica, cristocêntrica, se m apelar para os conhecidos e já surrados chavões, que alimente o povo e lhe aguce o desejo de voltar nos próximos cultos.

8. Pare de valorizar o formalismo da oração, que envaidece o coração farisaico, mas ensine a sua igreja o que significa orar e torne isso parte do metabolismo espiritual dos crentes de maneira que a oração, a conversa com Deus, profunda, livre e sincera, permeie tudo quanto a igreja faça.

9. Pare de promover eventos evangelísticos, mas faça com que a igreja encarne a paixão pelas almas e passe a empregar o velho (mas sempre novo) evangelismo pessoal como meio de alcançar os perdidos para Cristo. Uma boa maneira maneira é estimular a cada um para que se comprometa a orar, fazer amizade e convidar os seus pa rentes, amigos e vizinhos com regularidade para que assistam os cultos e ouçam a Palavra de Deus, Não é preciso ir longe. O campo está perto de cada crente. Saiba que 99% das pessoas que frequentam a igreja, hoje, foram trazidas por alguém e não por um "programa".

10. Valorize os cultos nos lares, de maneira sistemática, sem se preocupar com nomenclatura. A igreja primitiva se reunia no templo e nas casas e a maioria absoluta das igrejas existentes tiveram início em reuniões familiares.

11. Pare de fazer conchavos políticos e buscar os favores de candidatos para esta ou aquela atividade. O custo não vale a pena, compromete a voz profética e gera insatisfaç ão entre os crentes. A melhor coisa que uma igreja faz é realizar as suas atividades com a própria receita. Quem quiser contribuir, que o faça em oculto, quando os diáconos passarem com as salvas ou quando os crentes forem chamados ao gazofilácio.

12. Resista a tentação de não cumprir as propostas acima. Sempre haverá os insatisfeitos que forçarão a barra. O risco é grande de você quebrar o compromisso, mas a perseverança é companheira dos que querem alcançar os seus objetivos. Portanto, siga em frente, olhando apenas para Jesus. Você não será decepcionado.

Conclusão

Posso afirmar com segurança, que, com essas decisões, entre tantas outras que podem ser tomadas, sua igreja, ao final de um ano, terá progredido muito mais em todos os sentidos do que se você insistir com esse sistema carcomido que muito aparenta, mas pouca eficácia tem para a igreja como corpo vivo de Cristo na terra.

Experimente e depois nos conte.

Fonte: http://geremiasdocouto.blogspot.com/2010/06/uma-campanha-para-mudar-igreja.html Acesso em 28 jun. 2010

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Terçeiro Trimestre





3º Trimestre de 2010

A cada trimestre, um reforço espiritual para aqueles que desejam edificar suas vidas na Palavra de Deus.
No 3º trimestre de 2010, estaremos estudando o tema O Ministério Profético na Bíblia, a voz de Deus na Terra
Comentarista: Pastor Esequias Soares

SUMÁRIO DA LIÇÃO:
1- O Ministério Profético no Antigo Testamento
2- A Natureza da Atividade Profética
3- As Funções Sociais e Políticas da Profecia
4- Profecia e Misticismo
5- A Autenticidade da Profecia
6- Profetas Maiores e Menores
7- Os falsos Profetas
8- João Batista – O Último Profeta do Antigo Pacto
9- Jesus – O Cumprimento Profético do Antigo Pacto
10- O Ministério Profético no Novo Testamento
11- O Dom Ministerial de Profeta e o Dom de Profecia
12- O Tríplice Propósito da Profecia
13- A Missão Profética da Igreja

Fonte:CPAD

sexta-feira, 4 de junho de 2010

O VALOR DA TEMPERANÇA. Subsídio e Plano de Aula para Lição Bíblica



O VALOR DA TEMPERANÇA. Subsídio e Plano de Aula para Lição Bíblica




A 10ª Lição da CPAD deste 2º trimestre de 2010, pode ser dividida em dois grandes temas: A importância de se preservar as boas tradições e a necessidade da temperança na vida do cristão. Essas verdades são extraídas do episódio em Jeremias que envolve os recabitas.





PLANO DE AULA

1. OBJETIVOS DA LIÇÃO (Extraídos da Lição Bíblica-CPAD)

-Explicar a origem dos recabitas.
-Compreender que os recabitas honravam a tradição de seus antepassados.
-Conscientizar-se de que a Igreja de Cristo deve ter um forte compromisso com a temperança e com a excelência moral tanto de seus membros quanto dos que a cercam.

2. CONTEÚDO

Texto Bíblico: Jr 35.1-5, 8, 18, 19

A IMPORTÂNCIA DE SE PRESERVAR AS BOAS TRADIÇÕES

Gostaria de iniciar este subsídio, sugerindo a leitura de um texto que publiquei neste blog conforme o link abaixo:

O ARGUMENTO FALACIOSO (OU EQUIVOCADO) ACERCA DOS MARCOS ANTIGOS

Sou plenamente a favor da guarda das boas tradições, principalmente daquelas que cooperam para a manutenção de nossa integridade moral. Afirmo isso, pois existem tradições que apesar de terem sofrido mudanças, o ocorrido não implicou em questões morais, como, por exemplo, o caso da introdução de certos instrumentos musicais no culto (bateria, guitarra, etc.), o uso de vários cálices na Santa Ceia, em vez de apenas um (como era no princípio das Assembleias de Deus) e outras mudanças, de todos já conhecidas.

A Bíblia é clara quanto a necessidade de mantermos as boas tradições recebidas:

"Assim, pois, irmãos, permanecei firmes e guardai as tradições que vos foram ensinadas, seja por palavra, seja por epístola nossa." (2 Ts 2.15)

Observe que o texto deixa claro que nem toda tradição se fundamenta naquilo que foi escrito. Há tradições que passam de geração para geração apenas oralmente. Por isso, a afirmação que alguns fazem de apenas obedecerem aos seus líderes naquilo que está escrito na Bíblia não se sustenta. Se a tradição coopera para o bem maior da coletividade, e colabora para a manutenção de nossa integridade física, moral e espiritual, ela deve ser acatada. Obviamente, toda boa tradição encontrará na Bíblia princípios que a fundamente, observando-se e respeitando-se as regras de interpretação do texto sagrado. Digo isto, pois tirando um texto do seu contexto, pode-se afirmar que a Bíblia aprova os mais diversos absurdos ensinados, praticados e exigidos por alguns.

A Bíblia também nos alerta para o perigo da tradição (Mc 7.1-13):

"[...] invalidando a palavra de Deus pela vossa própria tradição, que vós mesmos transmitistes; e fazeis muitas outras coisas semelhantes." (Mc 7.13)

Uma leitura em Marcos 7.1-13 nos deixa claro, que toda tradição, por boa que pareça ser, na medida em que negligencia e invalida as Santas Escrituras, deve ser rejeitada:

"Negligenciando o mandamento de Deus, guardais a tradição dos homens." (v. 8)

Observando-se tais recomendações, as tensões que envolvem a manutenção ou quebra de uma tradição tenderão a ser minimizadas.


A NECESSIDADE DE TEMPERANÇA NA VIDA DO CRISTÃO

A temperança é uma das qualidades do fruto do Espírito:

"Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio (temperança). Contra estas coisas não há lei." (Gl 5.22-23)

Wiliam Barclay, em sua obra As Obras da Carne e o Fruto do Espírito (Vida Nova, 2. ed. 2000), nos oferece um rico estudo sobre a temperança (gr. egkrateia). Deste estudo, observaremos alguns pontos.

A palavra grega egkrateia aparece apenas em dois lugares no NT (At 24.25 e 2 Pe 1.6). O verbo egkateumai, que significa "exercer domínio próprio ou ter auto-domínio", aparece em 1 Co 7.9 e em 1 Co 9.25. O adjetivo correspondente egkrates ocorre apenas uma vez (Tt 1.8), significando "com domínio de si".

Em se tratando do grego clássico (num período anterior ao NT), Platão, em sua obra República, fala de egkrateia como o domínio dos prazeres e dos desejos. Xenofonte, outro filósofo grego, registra acerca de Sócrates que este era, entre todos os homens, o que mais dominava os desejos do amor e do apetite (Memorabilia 1.2.1).

Aristóteles afirmou que:

"À egkrateia pertence a capacidade de refrear o desejo pela razão, quando este fixa-se nos gostos e prazeres vis, e de ser resoluto e sempre pronto a suportar a necessidade e dos naturais" (Das Virtudes e dos Vícios, 5.1).

"Toda a iniquidade torna o homem mais injusto, e a falta de domínio próprio parece ser iniquidade; o homem descontrolado é o tipo de homem que age de conformidade com o desejo e de modo contrário ao raciocínio; e demonstra sua falta de controle quando sua conduta é guiada pelo desejo; de modo que o homem descontrolado agirá injustamente e segundo o seu desejo" (Ética a Eudemo, 2.7.6)

Os pais da igreja (num período posterior ao NT), escrevendo sobre "temperança", disseram:

"Quão bem-aventurados e maravilhosos são os dons de Deus [...]. A vida na imortalidade, o esplendor da justiça, a verdade na ousadia, a fé na confiança, a continência (egkrateia) na santidade". (1 Clemente 35.1, 2)

"A temperança (egkrateia), é como toda dádiva de Deus. É dupla, porque há algumas coisas das quais refrear-se é um dever, e há outras das quais o não refrear-se é um dever". (O Pastor de Hermas, Mandados 8.1)

"O temor e a paciência são ajudadores da nossa fé, a longanimidade e a continência (egkrateia) são suas aliadas". (A Carta de Barnabé 2.2)

Em termos bíblicos e práticos, entendemos que o ideal divino do domínio próprio sobre o desejo descontrolado e insaciável não poderá ser alcançado sem o auxílio e a direção do Espírito (Rm 8.12-14; Gl 5.22-23). Sobre isto, escreve Vine (2003, p. 1012):

"[...] as várias capacidades concedidas por Deus ao homem são passíveis de abuso; o uso correto delas exige o poder controlador da vontade sob a operação do Espírito de Deus; Em At 24.25, a palavra vem depois de "justiça", o que representa as reivindicações de Deus, sendo o autocontrole a resposta do homem a ela; em 2 Pe 1.6, a palavra vem depois de 'ciência' (ou conhecimento), sugerindo que o que se aprende deve ser posto em prática."

Dessa forma, quando a busca exagerada e descontrolada por dinheiro, sexo, poder, cargo, fama, comida, bebida e coisas semelhantes a estas estiverem controlando as nossas vidas, é sinal que estamos precisando urgentemente trilhar o caminho dos recabitas, e o caminhos daqueles que na história cristã antiga e nos dias atuais nos deixaram os seus bons e virtuosos exemplos.


3. MÉTODOS E ESTRATÉGIAS DE ENSINO

Discuta com os alunos sobre a necessidade de se manter as boas tradições e sobre as mudanças que ocorreram na igreja ao longo dos anos. Em termos de temperança, converse com eles sobre a dificuldade se controlar alguns "apetites" carnais, e sobre a necessidade de se entregar ao Espírito de Deus para vencer a falta de auto-controle.


4. RECURSOS DIDÁTICOS

TV, vídeo, computador, quadro, mapa, cartolina, pincel ou giz, etc.


5. SUGESTÕES BIBLIOGRÁFICAS

- As obras da carne e o fruto do Espírito, VIDA NOVA.

- Bíblia de Estudo Pentecostal, CPAD.

- Bíblia de Estudo Almeida, SBB.

- Dicionário VINE, CPAD.

- Dicionário Bíblico Wycliffe, CPAD.

- Dicionário Internacional de Teologia do Novo Testamento, VIDA NOVA.


- Conheça Melhor o Antigo Testamento, VIDA.

- Jeremias e Lamentações: introdução e comentário, MUNDO CRISTÃO.

As vossas orações em muito me ajudam!

Fonte:http://www.altairgermano.net/